Quando escrevemos, é muito comum nos concentramos muito mais na imagem visual e sonora do que nas texturas, cheiros e gostos.
O exercício de hoje é produzir, na forma de escrita da sua preferência, uma peça onde o fio condutor sejam cheiros, gostos e texturas. Pode ser poesia, conto, crônica, haikai, resenha, artigo.
Como laboratório, use seu tato e seu olfato (talvez até o paladar) para explorar o ambiente a sua volta. Se sentir segurança, faça isso com ambientes que não sejam tão familiares, como um paruqe, ou um trecho da rua. Depois de ter experimentado prestar atenção nesses sentidos, vai ver como fica mais fácil escrever com esse ponto de vista.
http://tumblr.com/xr91cyiuis
ResponderExcluirSinestesia Literal
ResponderExcluirMinha boca está seca e azeda
Feito o estrume na estrada
Já não tem o mesmo tom verde
Como minha boca adoentada
Pela madrugada o que vedes
São minha boca nada marejada
Mas que sal exala a minha seda
Na sede da minha boca lascada
Sua acidez no entremês da língua
Arranham sem saliva toda a mágoa
Minha boca tem uma pedra a míngua
De uma onda de flúor, hortalã e água
Minha boca tem a aspereza dos dias finais
Até a aurora desaguar, minha alma, no cais
Cris Oliveira
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ResponderExcluircorro.