terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Exercício de criação nº 10

Quando escrevemos, é muito comum nos concentramos muito mais na imagem visual e sonora do que nas texturas, cheiros e gostos.

O exercício de hoje é produzir, na forma de escrita da sua preferência, uma peça onde o fio condutor sejam cheiros, gostos e texturas. Pode ser poesia, conto, crônica, haikai, resenha, artigo.

Como laboratório, use seu tato e seu olfato (talvez até o paladar) para explorar o ambiente a sua volta. Se sentir segurança, faça isso com ambientes que não sejam tão familiares, como um paruqe, ou um trecho da rua. Depois de ter experimentado prestar atenção nesses sentidos, vai ver como fica mais fácil escrever com esse ponto de vista. 

5 comentários:

  1. Sinestesia Literal

    Minha boca está seca e azeda
    Feito o estrume na estrada
    Já não tem o mesmo tom verde
    Como minha boca adoentada

    Pela madrugada o que vedes
    São minha boca nada marejada
    Mas que sal exala a minha seda
    Na sede da minha boca lascada

    Sua acidez no entremês da língua
    Arranham sem saliva toda a mágoa
    Minha boca tem uma pedra a míngua
    De uma onda de flúor, hortalã e água

    Minha boca tem a aspereza dos dias finais
    Até a aurora desaguar, minha alma, no cais

    Cris Oliveira

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  2. http://umalagartadefogo.blogspot.com/2011/02/inadvertidos.html

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  3. http://abismoobserva.blogspot.com/2011/03/she.html

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  4. https://sub-versivo.blogspot.com/2021/05/corro.html

    corro.

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